https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/issue/feed Fronteiras - estudos midiáticos 2022-08-08T16:18:52-03:00 Comissão Editorial revistafronteiras@gmail.com Open Journal Systems https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/24655 Imaginários algorítmicos 2022-05-19T18:55:36-03:00 Kérley Winques ker.winques@gmail.com <p>Este artigo discute os tipos de circunstâncias e espaços onde indivíduos ligados a duas instituições distintas – a igreja e o sindicato – e algoritmos se encontram, bem como reflete sobre as implicações que esses encontros trazem para o cotidiano das pessoas. Uma pergunta-chave orienta a discussão: “Você já ouviu falar sobre algoritmos de redes sociais e buscadores?”. Para auxiliar em entendimentos sobre tal questionamento, utiliza-se como base os resultados encontrados em um estudo de recepção de matriz sociocultural realizado com 16 pessoas – oito pertencentes à Igreja Universal do Reino de Deus e oito ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná. Argumenta-se que os algoritmos são sistemas de representação e formadores de novos padrões culturais de interação que, do ponto de vista imaginado e decodificado, são compostos de ideias nas quais sujeitos vivem e experimentam, respectivamente, suas relações cotidianas e interações nas plataformas digitais.</p> 2022-08-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Fronteiras - estudos midiáticos https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/24400 Selfie e experiências afetivas 2022-02-21T13:36:06-03:00 Leonardo Pastor leopbr@gmail.com <p>Baseando-se em uma investigação etnográfica da prática de selfie, este artigo possui o objetivo de compreender as relações entre intimidade e experiências afetivas produzidas no cotidiano fotográfico através de diferentes plataformas digitais. A partir dos relatos apresentados, discute-se um compartilhamento de afeto e intimidade a partir de relacionamentos familiares e amorosos, performances corporais e trocas de selfies íntimas chamadas comumente de nudes. Demonstra-se uma experiência afetiva que faz parte da construção da selfie enquanto prática, envolvendo-se com o uso cotidiano de plataformas, misturando-se a dados, corpos múltiplos, materialidades digitais, emoções e diferentes modulações da intimidade</p> 2022-08-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Fronteiras - estudos midiáticos https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/24730 Photoviz: expressões da fotografia no contexto do Big Data 2022-03-16T09:59:46-03:00 Wagner Souza Silva wasosi@usp.br <p>Considerando a dimensão informativa da fotografia a partir da ideia de Photoviz, termo proposto por Nicholas Felton (2016), que articula o uso da técnica fotográfica como uma estratégia visual para apresentação de dados, propomos, aqui, observar essa formulação, tanto como uma resposta da fotografia ao universo abundante de produção imagética, como, também, uma frente de expressão fotográfica contemporânea e atenta ao contexto do Big Data.</p> 2022-08-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Fronteiras - estudos midiáticos https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/24204 Comunicação e Educação Remota em Contexto Pandêmico 2021-12-21T16:07:12-03:00 Adilson Citelli citelli@uol.com.br Sandra Pereira Falcão sandrapfalcao@hotmail.com <p>Trata-se de estudo exploratório no qual averiguamos interfaces epistêmicas e práticas da Comunicação/Educação ligadas à possibilidade de resgate/reforço da observação e escuta qualificadas como elementos redutores das inquietações que marcam o advento pandêmico, em especial no atinente ao ensino básico. Refletimos, pois, sobre implicações/escolhas/contingências de enfrentamento envolvendo atores sociais em interação comunicativo-educativa a partir do alastramento da Covid-19 em nossa quadra histórica, com ênfase nas preocupações epistêmico-praxiológicas (a)típicas da educação naquele nível de ensino. Para tanto, construímos abordagem teórica em torno da relação sujeito-tecnologiasmomento disruptivo, cotizando-a com o exame de cinco artigos escritos por pesquisadores/educadores brasileiros originários de regiões distintas, publicados em 2020, em busca de apontamentos sobre o ensino emergencial no Brasil durante a pandemia.</p> <p> </p> 2022-08-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Fronteiras - estudos midiáticos https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/24568 Circulação e enunciação: 2022-02-21T18:49:53-03:00 Viviane Borelli viviane.borelli@ufsm.br <p>Objetiva-se identificar marcas discursivas (Verón, 2004, 2013), produzidas por enunciadores no espaço aberto a comentários por distintas mídias e que versam sobre o funcionamento das regras de participação, a regulação e o questionamento de tais normas. Compreende-se que a sociedade está em processo de midiatização e que há uma crescente emergência da circulação. A análise denota que distintas complexidades perpassam as relações entre produção e reconhecimento, pois como postula Eliseo Verón não há linearidade no universo dos sentidos. Mesmo que existam normas e protocolos para comentar matérias, os participantes questionam as regras e os critérios para postagem e, ainda, realizam regulações próprias dizendo ao outro o que pode e o que deve ser dito</p> 2022-08-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Fronteiras - estudos midiáticos https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/24952 Preta Gil: as ações de uma celebridade-resistência no contexto pandêmico brasileiro 2022-04-25T13:36:44-03:00 Paula Guimarães Simões paulaguimaraessimoes@yahoo.com.br Dayana Cristina Barboza Carneiro barboza.dayana@gmail.com <p>O objetivo deste texto é compreender como uma celebridade aciona seu capital político no Instagram para se contrapor a opressões sociais e também se posicionar em contextos específicos, como o da pandemia da Covid-19, ao assumir uma postura de defesa de valores progressistas, convocação dos públicos e manifestações públicas sobre sua visão de mundo, configurando-se como uma celebridade-resistência. A partir de uma abordagem pragmatista (França; Simões, 2020a, 2020b) e interseccional (Crenshaw, 2002; Carrera, 2021a), a análise enfoca 39 publicações do perfil da cantora Preta Gil, coletados entre 4 de maio e 4 de junho de 2021, período iniciado por um acontecimento marcante em sua vida: a morte de Paulo Gustavo, em decorrência da Covid-19. Ao olhar para os posicionamentos e os valores assumidos por essa celebridade, procuramos refletir sobre o papel que celebridades-resistência podem desempenhar nas disputas simbólicas travadas no contexto brasileiro contemporâneo.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Celebridade. Valores. Preta Gil.</p> 2022-08-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Fronteiras - estudos midiáticos https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/23678 Ativismo contra a corrupção em hackathons no Brasil 2021-10-08T18:41:54-03:00 Antonio Augusto Braighi antonioaugustobraighi@gmail.com <p>Até 2019, foram realizadas 18 maratonas de programação focadas no combate à corrupção no Brasil. Nelas, 58 projetos foram premiados, mas apenas 2 encontram-se disponíveis e atualizados. Cogitou-se que um dos motivos desse fracasso seja a ausência de ativismo por parte dos hackathoners desses eventos. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo verificar tal hipótese, bem como analisar quais foram as motivações dos participantes e os motivos que apresentam para justificar o insucesso das propostas. Após pesquisa, os respondentes indicaram a ausência de apoio financeiro como uma das principais causas do malogro, o que se coloca como contraste à importância do engajamento cidadão. Não obstante, outras perspectivas revelam a ausência de um efetivo compromisso dos organizadores dos eventos, conformando as hackathons como ações com fins em si mesmas no que se refere aos resultados tangíveis</p> 2022-08-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Fronteiras - estudos midiáticos https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/23941 A manifestação da masculinidade tóxica em um fórum de internet anônimo brasileiro 2022-01-20T17:18:44-03:00 Eduardo Velho eduardo.velho@icloud.com Sandra Portella Montardo sandramontardo@feevale.br <p class="western" align="justify">Este estudo aborda a manifestação da masculinidade tóxica no 55chan, um fórum de internet anônimo brasileiro. Acontecimentos como o Gamergate e o Massacre de Suzano, que foram parcialmente organizados dentro de fóruns anônimos, demonstram como interações nesses espaços podem resultar em problemas de grande proporção. Evidências como essa indicam a pertinência de se explorar imageboards como plataformas que conformam discursos de ódio, bem como as subculturas que se constituem em torno delas. Frente a isso, pergunta-se: de que forma se manifesta a masculinidade tóxica no 55chan? O objetivo deste estudo é caracterizar a masculinidade tóxica no 55chan. O procedimento metodológico utilizado foi uma análise semântica de 16 mil postagens do referido fórum anônimo brasileiro, que foram coletadas mediante busca automatizada em dezembro de 2016 e janeiro de 2017. Os resultados demonstram que participantes do 55chan: 1) sentem-se oprimidos pelo estereotipo do homem “alfa”, pelas mulheres e pela sociedade; 2) consideramse “falhos”, embora lancem mão de estratégias para mudar essa condição (nofap/noporn/exercícios físicos); 3) objetificam as mulheres e as consideram perversas (‘vagabundas”, “merdalheres”) e irracionais. Conclui-se que a manifestação da masculinidade tóxica no 55chan assume contornos específicos devido ao anonimato, à efemeridade das linhas de discussão e ao uso dos filtros.</p> 2022-08-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Fronteiras - estudos midiáticos https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/24115 Desestabilizando o gênero? 2022-02-21T13:36:50-03:00 Fernanda Silva fernandamauricio@gmail.com Lettícia Gabriella Carvalho de Oliveira letticiagabriellaufmg@gmail.com <p>O gênero de super-heróis tem apresentado amplo crescimento desde as primeiras publicações de quadrinhos na década de 1940 nos Estados Unidos, até mais recentemente. A história do gênero, como o próprio nome indica, reafirma sua aproximação com o universo masculino, seja das formas de produção e consumo, seja na construção de personagens. No entanto, um exame mais próximo indica que mulheres sempre fizeram parte dessa promissora indústria desde suas origens e, cada vez mais, têm ganhado destaque através de atos de resistência de quadrinistas, ilustradoras, roteiristas e das comunidades de fãs das HQs. O presente artigo tem como objetivo discutir possíveis mudanças que as recentes discussões sobre feminilidades têm provocado no gênero de super-herói nos comics, alterando as convenções que historicamente definem o gênero midiático. Gênero, aqui, é tomado como categoria cultural em permanente transformação provocada pelas disputas sociais em torno das discussões sobre identidade de gênero.</p> 2022-08-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Fronteiras - estudos midiáticos https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/23864 Automatização no fact-checking: 2021-12-20T12:46:34-03:00 Taís Seibt seibt.tais@gmail.com Didier A. Vega-Oliveros didiervega@gmail.com Anderson Rocha anderson.rocha@gmail.com <p>O artigo promove uma reflexão teórica sobre os limites da prática de checagem de fatos (fact-checking) frente a um cenário de desinformação, tanto pela perspectiva computacional quanto pelo princípio da objetividade jornalística. O estudo analisa 2031 mensagens originais de usuários enviadas ao Projeto Comprova, coalizão entre dezenas de veículos de mídia brasileiros, utilizando técnicas de aprendizado de máquina, mineração de textos e modelagem de redes complexas. O modelo computacional investiga padrões linguísticos que possam auxiliar no desenvolvimento de ferramentas de automatização para identificar conteúdos potencialmente enganosos na rede a partir de agrupamentos semânticos. Os achados servem à problematização de mudanças estruturais do jornalismo em um ecossistema midiático que exige respostas multidisciplinares.</p> 2022-08-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Fronteiras - estudos midiáticos https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/23668 The Handmaid’s Tale e o fenômeno cultural das séries televisivas: 2021-10-15T23:20:24-03:00 Alusk Maciel Santos alusk.maciel.017@ufrn.edu.br Gilmar Santana alpublicc@gmail.com <p>O presente artigo buscou identificar a existência de um elo entre a série televisiva The Handmaid’s Tale e acontecimentos de ordem sociais no Brasil nos últimos anos. A distopia consiste em uma adaptação do livro homônimo de Margaret Atwood, publicado originalmente em 1985. Para isso, foram analisados os aspectos estruturais e diegéticos empregado no processo de construção do seriado, pontuando o uso de técnicas que permitem o maior diálogo entre a produção e sua audiência (Jost, 2012; Williams, 1979; 1992). Além disso, também foi examinada a receptividade e o papel do público “midiaticamente ativo” (Jenkins, 2008), devido às interações e sociabilidades amparadas pelas mídias sociais, que permitem o maior envolvimento entre a obra e os espectadores. Como resultado, constatou-se The Handmaid’s Tale como um produto da atual cultura das séries televisivas, a partir do seu diálogo com movimentos sociais e a sua transformação em um símbolo de luta e resistência frente a disseminação de governos de extrema-direita e ideologias conservadoras, que objetivam deslegitimar progressos sociais</p> 2022-08-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2021 Fronteiras - estudos midiáticos https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/23611 Entre hashtags e Abaporus: 2021-09-20T21:51:21-03:00 Thalita Batista Arifa Esteves thalita.arifa@gmail.com Issaaf Karhawi issaaf@gmail.com <p>A partir da problemática que contempla as discussões sobre subjetividade, visibilidade, vigilância e capitalismo artista, este artigo tem como objetivo compreender de que maneira a cultura da participação influenciou o recorde de público da mostra Tarsila Popular – a maior exposição já dedicada à artista modernista, ocorrida entre 5 de abril e 28 de julho de 2019, no MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand). Para isso, foram analisadas 557 publicações e suas respectivas 258 legendas, de um universo de 7,7 mil imagens postadas em modo público no Instagram com a hashtag #tarsilapopular, até a data de 24 novembro de 2020. A amostra de 557 posts foi coletada com o programa de software 4K Stogram e se inscreveu no período entre 23 e 28 de julho, última semana de visita da exposição que registrou recorde de público no MASP. Ainda, a validade do recorte foi conferida pela calculadora amostral do SurveyMonkey. Com base nos estudos de Lev Manovich, a análise dos posts permitiu a identificação de categorias como 1. imagens exclusivas das obras; 2. visitantes retratados por terceiros; 3. selfies; 4. outros aspectos. Entre os pontos de destaque, é evidente o predomínio de fotos do quadro Abaporu (1928). O número de imagens tendo a obra como protagonista revela seu caráter de prestígio para os visitantes. No mesmo sentido, as legendas das fotos registraram o privilégio de ter conseguido entrar na exposição e conhecer o trabalho de Tarsila do Amaral. Já as selfies, símbolo da participação dos sujeitos nas redes, mostrou-se menos comum entre as publicações analisadas. Ao final, foi possível perceber como o compartilhamento dos sujeitos nas redes sociais digitais impactou no recorde de público da mostra Tarsila Popular, tornando-a um assunto viral</p> 2022-08-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2021 Fronteiras - estudos midiáticos https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/22434 Magia em casa: transformações litúrgicas e consumo na midiatização da Umbanda 2021-09-17T20:13:49-03:00 Ronivaldo Moreira De Souza ronivaldomds@gmail.com Maurício Ribeiro da Silva silva.mrib@gmail.com Vânia de Toledo Piza vania.toledo@uol.com.br <p>Nas práticas religiosas contemporâneas marcadas pela adesão ao processo de midiatização ocorre significativa transformação relacionada ao deslocamento do culto para o ambiente midiático e sua associação com processos de consumo. Este trabalho tem como objetivo apresentar como o acesso à internet por parte de religiosos tem possibilitado a midiatização da Umbanda em sentido similar ao desenvolvido por grupos neopentecostais na televisão, isto é, favorecendo a telepresença e o consumo. A abordagem metodológica consiste na reflexão teórica sobre a midiatização da religião e implicações relacionadas ao consumo a partir de pesquisa bibliográfica para em seguida demonstrar a validade dos conceitos a partir da observação de um estudo de caso. Para tanto, utilizamos um vídeo disponibilizado no YouTube pelo médium Pai Rodrigo Queiroz que permite demonstrar, a partir dos conceitos de midiatização da religião, o efeito deste processo na cosmogonia da Umbanda e seus desdobramentos na forma de consumo.</p> 2022-08-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2021 Fronteiras - estudos midiáticos