The Handmaid’s Tale e o fenômeno cultural das séries televisivas:
significações morais entre a distopia e a realidade
Resumo
O presente artigo buscou identificar a existência de um elo entre a série televisiva The Handmaid’s Tale e acontecimentos de ordem sociais no Brasil nos últimos anos. A distopia consiste em uma adaptação do livro homônimo de Margaret Atwood, publicado originalmente em 1985. Para isso, foram analisados os aspectos estruturais e diegéticos empregado no processo de construção do seriado, pontuando o uso de técnicas que permitem o maior diálogo entre a produção e sua audiência (Jost, 2012; Williams, 1979; 1992). Além disso, também foi examinada a receptividade e o papel do público “midiaticamente ativo” (Jenkins, 2008), devido às interações e sociabilidades amparadas pelas mídias sociais, que permitem o maior envolvimento entre a obra e os espectadores. Como resultado, constatou-se The Handmaid’s Tale como um produto da atual cultura das séries televisivas, a partir do seu diálogo com movimentos sociais e a sua transformação em um símbolo de luta e resistência frente a disseminação de governos de extrema-direita e ideologias conservadoras, que objetivam deslegitimar progressos sociais
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