Entre hashtags e Abaporus:
Tarsila Popular e a Cultura da Participação
Resumo
A partir da problemática que contempla as discussões sobre subjetividade, visibilidade, vigilância e capitalismo artista, este artigo tem como objetivo compreender de que maneira a cultura da participação influenciou o recorde de público da mostra Tarsila Popular – a maior exposição já dedicada à artista modernista, ocorrida entre 5 de abril e 28 de julho de 2019, no MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand). Para isso, foram analisadas 557 publicações e suas respectivas 258 legendas, de um universo de 7,7 mil imagens postadas em modo público no Instagram com a hashtag #tarsilapopular, até a data de 24 novembro de 2020. A amostra de 557 posts foi coletada com o programa de software 4K Stogram e se inscreveu no período entre 23 e 28 de julho, última semana de visita da exposição que registrou recorde de público no MASP. Ainda, a validade do recorte foi conferida pela calculadora amostral do SurveyMonkey. Com base nos estudos de Lev Manovich, a análise dos posts permitiu a identificação de categorias como 1. imagens exclusivas das obras; 2. visitantes retratados por terceiros; 3. selfies; 4. outros aspectos. Entre os pontos de destaque, é evidente o predomínio de fotos do quadro Abaporu (1928). O número de imagens tendo a obra como protagonista revela seu caráter de prestígio para os visitantes. No mesmo sentido, as legendas das fotos registraram o privilégio de ter conseguido entrar na exposição e conhecer o trabalho de Tarsila do Amaral. Já as selfies, símbolo da participação dos sujeitos nas redes, mostrou-se menos comum entre as publicações analisadas. Ao final, foi possível perceber como o compartilhamento dos sujeitos nas redes sociais digitais impactou no recorde de público da mostra Tarsila Popular, tornando-a um assunto viral
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